Fazia algum tempo já que um livro não me surpreendia tanto, Uma Vida Para Sempre, conseguiu me prender do início ao fim e me fez refletir sobre vários assuntos que nunca havia prestado atenção, além disso, é um livro cheio de conhecimento que lhe fará aprender diversas lições e até mesmo fatos sobre o mundo que não sabia ainda. Ou seja, é um livro magnífico e cheio de conhecimento que explicarei como me fez ficar tão apegada.
A história gira em torno da vida de Ethel, uma garota de 17 anos, que tem CIPA (Insensibilidade Congênita à Dor com Anidrose), uma doença que não deixa que ela sofra nenhum tipo de dor. Ethel é uma garota madura que está ciente sobre a morte, não por causa da sua doença, mas pelo fato dela ter consciência de que todos no mundo estão morrendo. E é na busca de entender a morte e de estar preparada para ela que ela frequenta cemitérios e velórios. Ela também frequenta hospitais e lá tem grandes amigos, ela está na busca de saber o quanto dura o para sempre e é quando conhecerá Vitor, um garoto bonito que ela encontra em um dia no hospital.
Lendo a sinopse tive duas impressões, a primeira que seria um livro um pouco mórbido e obscuro pelo fato dela frequentar cemitérios e velórios, no entanto você percebe o contrário ao ler o livro. Ethel é uma garota cheia de vida e quer aproveitar ao máximo cada minuto, ela apenas quer entender um pouco mais sobre a morte e muitas vezes se questiona sobre ela no livro, como o porquê de uma pessoa ir embora tão cedo, um pensamento interessante é que ao Vitor afirmar que ele acredita que as pessoas morrem ao cumprirem o que vieram fazer na Terra, Ethel rebate que não acredita nisso, pois bebês nascem e morrem minutos depois, e a única coisa que fizeram foi respirar, por isso não há lógica nisso. Esse é apenas um dos muitos pensamentos de Ethel que passei a refletir ao longo do livro.
A segunda impressão que tive ao ler a sinopse foi que seria parecido com A Culpa é das Estrelas do autor John Green, que seria a história de duas pessoas que estão enfrentando alguma doença e irão viver um amor em seu pequeno infinito. O que constatei é que provavelmente a autora leu o livro de John Green e se inspirou nele, criando uma nova história e personagens, há partes que farão sim você lembrar de Gus e Hazel de A Culpa é das Estrelas, afinal são duas personagens marcantes, mas o rumo da história que se segue é diferente.
Vitor é um garoto que Ethel conhece no hospital logo após ficar sabendo que um amigo morreu, ela fica deslumbrada por ele de imediato e um amor surge ali, devagarinho e que logo toma conta. A história do casal está presente no livro, mas não diria ser o assunto principal, afinal, o livro aborda diversos assuntos como ter a própria liberdade, amizades, a importância da dor e o amadurecimento.
Eu nunca tinha parado para refletir sobre a CIPA, qual a importância da dor nas nossas vidas, sem ela não saberíamos que algo está errado, precisaríamos de cuidados dobrados, pois não perceberia que se machucou, quebrou algum membro, não saberia seus limites, e nem ao menos quando ir ao banheiro. Por isso, comecei a valorizar mais a dor ao ler esse livro, vi que ela se faz necessária.
Algo que marcou bastante na história são as personagens, que tem características e personalidades fortes, criando uma conexão entre o leitor e o enredo, mantendo os olhos fixos nas páginas, para não perder uma palavra sequer. Durante todo o livro faz referência a livros, filmes e músicas o que achei super legal e me deu vontade de pesquisar sobre todos eles. A escrita da autora é muito boa, faz com que a leitura flua rapidamente e fiquei surpresa ao ver que ela tem apenas vinte anos, pois sua escrita é muito madura. Ela é uma escritora que sem dúvidas merece reconhecimento no mercado editorial e gostaria de agradecer pelo livro, que guardarei na minha estante com todo amor!
Espero que tenham gostado da resenha, se lerem ou já leram o livro conte ai nos comentários, vou adorar saber.
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Beijos