Já falei o tamanho do meu amor pelas obras de John Green? É incrível a forma como ele escreve, cria suas personagens tão complexas e faz você se envolver com tudo isso. Esse foi o último que faltava para eu ler de seus livros já lançados, mas John já falou que pode ter coisa boa vindo por aí, o que me deixa bem mais tranquila.
Dessa vez a história é sobre Colin Singleton, um garoto prodígio, viciado em anagramas e que acabou de terminar um relacionamento, mas não é um relacionamento qualquer, é a XIX katherine. Sim, ele já teve 19 namoradas chamadas Katherines. Só ai já dá pra ver que o garoto não é tão simples assim. Seu melhor amigo, Hassan, preocupado com a situação dele sugere que façam uma viagem sem rumo, e é em Gutshot, que Colin tem seu primeiro momento “Eureca” ao ter a ideia de criar um gráfico capaz de representar relacionamentos, mas isso não será tão fácil quanto parece.
Um dos fatores que faz com que eu ame as personagens criadas por John Green é a complexidade deles. Colin é um prodígio, mas não um gênio, ou seja, ele aprende rápido, mas não criou nada extraordinário. E essa é uma meta de Colin, criar algo grande que o deixe conhecido e de alguma forma ajude as pessoas. Aqui encontra-se mais uma característica forte do autor, o fato de que suas personagens lutam contra o esquecimento, e mais uma vez no livro deixa claro, que ele é inevitável. Hassan, melhor amigo de Colin, provavelmente será uma das personagens que mais irá mudar e amadurecer durante essa viagem, ele vai viver novas experiências e no fazer rir algumas vezes. Se tem algo que me encantou nele é seu bom humor, que dá certa leveza à narrativa.
Diferente de “A culpa é das estrelas”, este é narrado na terceira pessoa, o que faz com que tenhamos maior poder de visualizar os acontecimentos e as diversas personagens, no entanto não é possível conhecer tão a fundo os sentimentos delas. Além disso, a história conta com vários flaskbacks, contando a história das mais diversas Katherines e seus relacionamentos com Colin.
A narrativa conta com uma característica não comum em livros juvenis, que são muitas notas de rodapé, mas calma, não é como aquelas notas que fazem você perder o raciocínio da história, elas são como um complemento e não atrapalham em nada. Eu odeio notas de rodapé e posso garantir que só serviu para deixar o livro ainda mais interessante. O livro é cheio de matemática, mas fará com que até o pessoal de humanas (eu) se interessem pelo raciocínio. A matemática é bem simples e dá pra acompanhar tranquilamente sem ter que quebrar a cabeça com isso. No final ainda contém uma fórmula, mas essa aí me deixou de cabelos em pé, pois acho que ela é apenas fictícia, já que não consegui resolvê-la de forma alguma.
Diversas mensagens são passados ao longo da leitura, como que relacionamentos são mais complexos do que parecem e que prever o futuro de alguém é impossível, pois isso depende das escolhas delas e das mudanças em suas vidas. Além disso, sair da rotina pode fazer bem, viver uma aventura pode proporcionar momento incríveis e lhe permitir autoconhecimento. Ser você mesmo, é um outro ponto marcante, é preciso ser livre para ser quem você quiser, mas não esquecer da sua essência, que é aquilo que o torna especial. E ah, sempre tem alguém por aí que fará seu coração bater mais forte, é só se permitir viver algo especial, sem medos de se ferir.
A leitura é bem rápida e prazerosa. É um livro que divide opiniões, mas que eu amei e recomendo demais, agora posso dizer que John Green me conquistou em todos os seus livros e espero logo novos lançamentos ansiosamente.
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Beijos
Nunca li nenhum livro do jg, mas esse parece ser bem interessante.
Ps. Adorei o layout.
Aii leia, vai amar!
Obrigada pelo carinho!
❤
beijooos
Eu adorei esse livro! O começo achei um pouco chatinho, mas conforme vai evoluindo a história, vai ficando mais interessante. Parabéns pela resenha!!